Os erros de emergência ocorrem quando as plantas emergem tardiamente e acumulam uma defasagem ao longo de toda a vida. As plantas que emergem 24 horas ou mais depois das plantas que emergem no primeiro dia de emergência, que geralmente ocorre no 5º DAP (Dia Após o Plantio), começam com uma desvantagem considerável. Elas competirão durante toda a safra com as plantas ao seu redor por água, nutrientes e luz solar, mas como estarão em um estágio de crescimento inferior, serão menores, terão menos massa foliar e terão sistemas radiculares menores do que as plantas vizinhas. Essas plantas menores estarão sob estresse durante toda a safra, pois terão menos acesso aos insumos básicos para explorar o máximo de potencial produtivo.
Em plantações de milho, por exemplo, atrasos de emergência levam a perdas no potencial produtivo da espiga na ordem de 50% por atrasos de 48 horas na emergência. Se a planta estiver dois estádios fenológicos atrás das demais, a perda pode chegar a 80%. Plantas com três ou mais estádios vegetativos atrasados podem ter perdas de 100% no potencial produtivo.
Já na cultura da soja, o atraso da emergência causa perdas significativas pela redução no porte da planta na ordem de 15% para cada dois dias de atraso. O maior problema no atraso da emergência na soja, porém, é durante a colheita, pois plantas no ponto de colheita convivem com plantas verdes, reduzindo a velocidade da colheitadeira, aumentando o percentual de perdas na limpeza e separação dos grãos e causando o embuchamento do sistema de trilha. No caso de colheita de soja para a produção de sementes, o problema é a desuniformidade que é gerada no lote de sementes, devido a maior umidade das sementes que tiveram emergência tardia.